quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

O uso de palmas rítmicas durante o Louvor

O USO DE PALMAS RÍTMICAS DURANTE O LOUVOR
 
Introdução: Seria correto o uso de palmas,marcando o ritmo da música, enquanto se canta um hino ou um cântico espiritual? É a pergunta que muitos irmãos, colegas de ministérios fazem para si mesmos, não tendo ainda opinião formada sobre o assunto. Pretendo, resumidamente, expor minha opinião, à luz da Palavra de Deus, para ajudar os irmãos a refletirem sobre o assunto, e formarem suas próprias opiniões.
 
I- Do ponto de vista bíblico-teológico não há qualquer orientação para que batamos palmas, marcando o ritmo da música, enquanto entoamos louvores a Deus.
 Os partidários dessa prática se apoiam no Salmo 47:1" Batei palmas todos os povos", tomando essa frase como se fosse um mandamento eclesiológico. Para ser honesto, se devemos buscar orientação prática para o culto na Igreja Neotestamentária, temos que buscá-la no Novo e não no Antigo Testamento. Afinal, a prática religiosa do povo de Israel, no Templo, é diferente da prática da Igreja Cristã. Israel não era Igreja Cristã, pois o próprio Cristo disse, durante seu ministério terreno: " Edificarei ( no futuro) a minha Igreja" (Mt 16:18).
Buscando orientação Neotestamentária, não encontramos qualquer base bíblica ou sugestão para que se use palmas rítmicas durante o louvor.
Ainda que o Antigo Testamento pudesse servir de orientação à prática eclesiológica cristã, o contexto do Salmo 47:1 é outro, e não de uma reunião no santuário, para um culto de adoração. A cena ocorreu na estrada, quando os filisteus devolveram a Arca a Israel. Se este Salmo foi escrito no momento deste acontecimento, literalmente, os filhos de coré convidavam aqueles que estavam presentes, lá na estrada, diante daquela cena de vitória, a "aplaudir com as mãos"(bater palmas escarnecendo dos filisteus) e ao mesmo tempo agradecendo a Deus, cuja presença real, era simbolizada pela arca. Tal ato simbolizava o reconhecimento da Soberania de Deus. Somos convidados sim, a louvar a Deus através de Salmos, hinos, cânticos espirituais, orações e não através de palmas. Nas páginas das sagradas escrituras Neotestamentária encontramos o seguinte: "Habite ricamente em vós a Palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda sabedoria, louvando a Deus, com salmos e hinos e cânticos espirituais, com gratidão, em vossos corações. ( Cl 3:16) e mais, "Falando entre vós com salmos, entoando e louvando de coração ao Senhor, com hinos e cânticos espirituais" (Ef 5:19). Não encontramos em todo o Novo Testamento nenhuma passagem que mencione o uso de palmas,danças ou coreografias para a adoração a Deus. Pelo menos na minha Bíblia e  acredito que ela também é inspirada por Deus.
 
II- Do ponto de vista bíblico-prático, as palmas podem atrapalhar, ao invés de contribuir para a adoração espiritual genuína a Deus. (Jo 4:23,24).
As palmas podem contribuir para a criação de uma alegria meramente artificial-forjada, não espontânea, à semelhança da alegria criada nos "shows", por um animador. Tal alegria, num ambiente de culto, é enganosa, tornando o culto fim em si mesmo. A prioridade do ato de culto passa a ser a alegria dos participantes; os participantes são a prioridade, e Deus a ser adorado, fica em segundo plano. O culto então passa a ser um mero "show evangélico": se agradou os participantes, então foi " abençoado", nem se pergunta se agradou a Deus!
As palmas ressaltam o ritmo, o balanço. Isso dá prazer e um sentimento de realização pessoal. A alegria que deveria envolver o espírito, envolve, via de regra, quase que exclusivamente as emoções. Entretanto, o Enganador convence os participantes de que aquela alegria é "fruto do Espírito Santo". O próprio coração dos participantes os engana (Jr 17:9).
As Palmas liberam as emoções, convidam à ginga do corpo, estimulam o movimento dos quadris, principalmente dos jovens, que, com isso, transmitem uma linguagem sensual, tornando o culto semelhante aos dos idólatras pagãos, no passado, que incluíam a sensualidade. Se as lideranças deixarem as palmas correrem soltas, certamente virá a "dança para Cristo", que nada tem a ver com as danças de Miriã e de Davi, que se deram fora do templo, ou seja, não para adoração.
 
CONCLUSÃO: As palmas prejudicam a ação do Espírito Santo nos corações, tanto pelo emocionalismo, quanto pelo barulho que provocam. Quando alguém se encontra sob forte excitação emocional, não consegue usar bem a razão, há um certo bloqueio do raciocínio.
Herodes, sob o domínio das emoções, tomou uma decisão que depois lhe causou aborrecimento, veja: ( Mt14:1-12).
O Espírito Santo usa o raciocínio, a inteligência humana, para convencer o pecador (Is 6:9-10), o emocionalismo atrapalha. O barulho das palmas, prejudicam a atenção. É muito difícil concentrar-se no meio do barulho. Como as palmas causam um ruído estridente; os instrumentos são obrigados a aumentarem o volume. Quando chega a hora do pregador, os ouvidos estão com zumbidos, os que estão mais distantes podem não entender todas as palavras. Sem falar na poluição sonora que causa na audição dos participantes.
Assim, as palmas prejudicam a adoração verdadeira, impedindo que os adoradores adorem a Deus em espírito e em verdade, de fato.
Do ponto de vista bíblico-tradicional, palmas não fazem parte da tradição bíblica. E tradição bíblica deve ser mantida e conservada (2Ts 2:15; 3:6). O uso de palmas rítmicas durante o louvor é tradição de algumas igrejas Pentecostais.
Ao meu ver, um culto com ordem e decência (1Co14:40), é um culto sem palmas, barulhos ou gritarias. Eis a razão porque penso que o uso de palmas rítmicas não é aconselhável em nossos cultos a Deus. "Quem é sábio, que entenda estas coisas; quem é prudente, que as saiba, porque os caminhos do Senhor são retos, e os justos andarão neles, mas os transgressores neles cairão", (Os 14:9).
Referências sobre palmas: Jó 27:23; 34:37; Lm 2:15; Ez 6:11; 21:14; 22:13; 25:6; Na 3:19; 2Rs 11:12; Is 20:16.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2016

Amamos Ricardo

 “Amamos Ricardo”

Mensagem apresentada durante o Retiro de Famílias Ano XXXIV, em Poxoréu, MT, pelo Prof. Izaias Resplandes de Sousa.

Meu filho foi submetido no início deste ano a uma cirurgia para retirada de um angioma cavernoso localizado na cabeça, no topo do tronco encefálico, abaixo do mesencéfalo. Foi uma cirurgia muita melindrosa e de alto risco, além de ser bastante onerosa. A cirurgia foi um sucesso.
Além de estar agradecendo a todos os que se envolveram em nosso drama, nós estamos aqui para compartilhar um pouco da experiência que vivemos naqueles dias. Conforme nosso entendimento, estivemos no desempenho de uma missão muito especial e na qual o meu filho foi um dos principais envolvidos.
A missão a que me refiro é a missão de amor. Eu aprendi, ao longo de minha carreira espiritual, que cada um de nós tem uma missão a cumprir nesse mundo, para Deus. Entendemos que Deus segue o princípio da utilidade, de forma que nenhuma pessoa nasceu para ser inútil. Ninguém ganhou a vida para não fazer nada.
Desse modo, cabe a cada um de nós nos prepararmos para cumprir essa missão de amor, amando de verdade; não apenas de língua, mas de fato e de verdade. É preciso descobrir de que forma poderemos amar. E após a descoberta, amarmos.

Sabe, queridos... É muito fácil dizer que amamos, que compreendemos, que somos amigos, que pode contar conosco. A língua nem sempre está a serviço de Deus. Muitos são os que honram a Deus de lábios, mas seus corações estão longe dele, ainda que Ele tenha feito tanto para mudar esse estado de coisas e mostrar-nos que sua obra é um envolvimento de amor e não apenas um milhão de discursos e palavras escritas ou faladas.
Já faz um bom tempo que venho sentindo a necessidade de fazer mais do que a minha obrigação. Principalmente, porque, como todos sabem, sou uma pessoa que fala muito. E quem fala muito também precisa agir muito.
Como fazer para tocar o coração das pessoas e despertá-las para amar e para sentirem que os problemas dos outros são também os seus problemas?
Meus queridos... Não basta emocionar. Não basta enviar mensagens comoventes para dez ou mais grupos de amigos nas redes sociais. Há um entendimento de que é muito importante orarmos uns pelos outros. Isso é verdade. É muito importante orarmos. Mas amar não é simplesmente orar. Se orarmos, mas não agirmos, a nossa oração não tem qualquer valor.
Nós temos acompanhado a obra missionária e vemos muitos dos nossos irmãos do campo padecendo dificuldades para viver e atender às comunidades em que servem a Deus. Nós falamos disso, mas parece que nossas palavras têm pouco efeito, porque as coisas mudam muito pouco depois delas.

O fato de nossos missionários passarem dificuldades para sobreviver parece que não nos incomoda muito. Deus pede as primícias do nosso trabalho, mas quase sempre nós damos as sobras.
Nós também ouvimos falar de que as pessoas estão passando fome pelo mundo afora. Mas isso também não nos incomoda muito, principalmente se tivermos comida em nosso prato. O problema dos outros nos incomoda muito pouco.
E além desses destaques, nós poderíamos falar sobre as necessidades daqueles que não tem um teto para se abrigar, que não tem uma cama para dormir; poderíamos falar das crianças e velhos abandonados. Há tantas necessidades que poderíamos falar, mas de que adianta a gente apenas ficar falando?
Tenho observado que o que mais incomoda as pessoas e ainda faz com que reajam e tomem uma atitude é a enfermidade. Nós somos mais sensíveis às enfermidades, principalmente quando acontecem conosco e em nossa família. Enquanto o problema é só com os outros e dos outros, a gente incomoda, mas ainda não se incomoda da mesma forma que incomodamos quando o problema é conosco.
Então, avaliando essa situação, me parece que nós estamos precisando de mais enfermidades entre nós e em nossas próprias famílias. Principalmente, parece que estamos precisando de enfermidades do tipo que não damos conta de resolver em nossas individualidades, sozinhos.
A ideia de que cada um resolva os seus próprios problemas nunca foi tão real como em nossos dias. A maioria das pessoas nem quer falar sobre os seus problemas com os outros e prefere procurar resolvê-los sozinhos. Não é essa a fórmula do amor para a resolução de problemas sociais.
Somente para constar, é fato que a minha família anda cheia de problemas de enfermidade que nós não conseguimos resolver, às vezes por conta de questão financeira, às vezes por falta de soluções humanas para o caso.
Tenho uma sobrinha com o Mal de Crom, uma prima com um fígado que não funciona adequadamente e outra, que teve um câncer que tem lhe consumido a vida nos últimos cinco anos e que, atualmente, aparentemente curada, sofre os efeitos da radioterapia, que lhe fechou parcialmente os esfíncteres, tendo que passar o resto dos seus dias carregando uma bolsa de customização.
O problema de meu filho, diante desses casos, não parece ser grande coisa. Ainda que nas duas cirurgias ele corresse o risco de ficar paralisado ou em estado de coma, seu estado de saúde pode ser resolvido rapidamente.
Certo dia, conversando com ele sobre seu problema de saúde, ele me disse: Pai, ainda bem que isso aconteceu comigo e não com o senhor, ou a mamãe, ou os meninos.
A verdade, queridos, é que ninguém veio ao mundo para receber milhares de bênçãos. Amar é pensar nos interesses dos outros e não nos seus próprios. Nós viemos ao mundo com a missão de amar outras pessoas. Mas, apesar de Deus ter nos ensinado a amar, ou nós não temos aprendido direito essa lição, ou temos nos esquecido rapidamente de como aplicá-la.
Eu amo o meu filho. Não sei se teria coragem de dar a minha vida pela dele, mas quero crer que o amo, mesmo com essa possibilidade em dúvida. Por outro lado, eu também amo os meus familiares parentais e espirituais. No entanto, temos percebido que a cada dia a gente vai ficando mais distante uns dos outros.
Nós nos preocupamos em trabalhar, trabalhar, trabalhar. Ganhar dinheiro, melhorar nossa casa, comprar um carro, fazer uma viagem... Mas não visitamos os familiares. Não temos tempo para eles.
Minha mãe recebe migalhas do meu amor. Sou capaz de passar o mês inteiro sem ir vê-la, pelo fato de ficar envolvido com o trabalho. Tenho parentes, primos em segundo grau, por exemplo, que nem sei o nome. Morre um aqui, outro ali e eu não posso sequer ir ao velório. Não tive tempo para eles em vida e nem mesmo no dia da morte, às vezes, eu posso estar presente.
Tenho um tio que hoje está sepultado em Barra do Garças. No dia em que meu filho foi internado para operar do angioma cavernoso na cabeça, ele tinha sido operado de câncer e em pouco tempo após, faleceu. Fui visitá-lo no hospital e não conseguimos nos lembrar direito de quando havíamos nos encontrado pela última vez. Pensei que ainda iria fazer-lhe uma visita. Agora sei que não farei mais.
O nosso distanciamento uns dos outros parece tão grande, que nem mesmo a morte está conseguindo nos aproximar uns dos outros.
Em relação à enfermidade de meu filho, nós conseguimos ver que a cura dela não foi a coisa mais importante que aconteceu conosco.
Ricardo foi um intenso missionário do amor durante aqueles dias. Poucas pessoas conseguiram se fazer ouvidas e alcançadas por suas mensagens de amor, mais do que ele conseguiu com essa enfermidade.
Nós sempre acreditamos que éramos uma família muito querida, tanto pelos irmãos, como pelos parentes e pelos amigos e pessoas com quem convivemos. Depois dessas experiências vividas, nós deixamos de crer. A fé é a certeza das coisas que se esperam e se não veem. Não precisamos mais de fé para sabermos que somos amados. Nós fomos amados de fato e de verdade, não na teoria, mas na prática.
Os irmãos oraram por nós. Uma irmã de Campo Grande, MS, propôs um relógio de oração por meu filho. E pessoas de muitos lugares e de muitas denominações diferentes oraram por ele. Mas o mais importante foi que não apenas oraram.
As pessoas nos mandavam mensagens para saber como poderiam nos ajudar de alguma forma. Um pastor neotestamentário, de Cuiabá, MT, fez uma linda proposta para nos ajudar a pagar as contas do hospital, dividindo a conta com todos os irmãos da igreja. Ficaria uma quantidade bem pequena para cada um. E muitos irmãos e amigos aceitaram sua proposta e nos ajudaram dessa forma.
E nós aceitamos. Decidimos que não podíamos tirar dos irmãos, dos parentes, dos amigos e das pessoas de um modo geral o seu DIREITO DE NOS AMAR. Orar é um ato teórico de amar. Doar é um ato concreto de exercer o amor.
Dois familiares nos emprestaram cinquenta por cento do valor a ser pago na cirurgia, sem nos cobrar juros e com tolerância de prazo para pagarmos. Uma empresa na qual tenho prestado serviços, me adiantou um sexto da dívida. Ficou faltando apenas um terço. E esse terço foi suprido por meio de doações dos irmãos.
As pessoas que nos doaram não nos perguntaram quanto ganhávamos por mês, ou se nós tínhamos como pagar a cirurgia. Elas apenas queriam saber como poderiam doar. Elas queriam ajudar. Queriam exercer o amor.
É certo que poderíamos vender nossos bens para levantar o dinheiro, mas, na verdade, não precisamos vender nada, porque até aqui Deus nos supriu em todas as nossas necessidades.
Nós sentimos que o amor por nós não é uma questão de retórica. É fato. É possível que meu filho venha ter que ser operado novamente de dez a quinze anos. Não desejamos que ele passe por esse sofrimento, mas se for para ver as pessoas nos amando como nos amaram; se for para que as pessoas possam demonstrar que conseguem amar, não teremos receio de que conseguiremos passar por tudo isso de novo, sem maiores dificuldades.
Durante todos os dias que estivemos fora de casa realizando o tratamento, nunca nos faltaram as visitas. As pessoas tiraram tempo para nós. Posso dizer que foi a coisa mais linda do mundo. Foi uma oportunidade para recebermos visitas de pessoas que não víamos há muito tempo.
Os irmãos de nossa igreja em  Rondonópolis, MT, foram os olhos neotestamentários que velaram por nós. Ficaram alguns dias conosco. E como foi bom sentir essa manifestação de amor.
Sabemos que palavras não bastariam para expressar o nosso muito obrigado a todos. Assim, pedimos a Deus que um dia possamos ter outras oportunidades de fazê-lo de outras formas.
Um abraço e que Deus vos guarde bem no seu poder.
Amém!

sábado, 6 de fevereiro de 2016

]tem início o Retiro de Famílias em Poxoréu

Retiro de Famílias 
ANO XXXIV - POXORÉU - MT

Pela graça de Deus, mais uma vez os neotestamentários estão reunidos em Retiro no Acampamento Rio dos Crentes, em Poxoréu, MT.


Há um bom clima e tudo indica que haverá uma boa participação dos irmãos de Mato Grosso.
Na parte da manhã, aconteceu a abertura, com as participações de Izaias Resplandes, Ivon Silva e Valmi Resplande, falando pela equipe Coordenadora, dando as boas vindas, apresentando os irmãos participantes por localidade e passando as orientações para que os dias de Retiro corram dentro da normalidade.

Na parte da tarde tiveram inicio os estudos bíblicos. O Missionário Zigomar Silva iniciou o desenvolvimento do tema “Opressão versus Possessão”, tema que vem desenvolvendo em suas publicações no Noticiário Evangélico e no Blog da UMNT. Explicou que, apesar dessas publicações, entende ser necessário um aprofundamento na temática, justamente por haver muitas dúvidas a respeito da mesma.

O missionário Ademar Soares também deu início ao desenvolvimento do tema “Glorificação”.  As duas abordagens tem despertado o interesse dos participantes, os quais acompanham atentamente com o objetivo de alcançar o crescimento espiritual para o aperfeiçoamento da obra de Deus na Terra.


Amanhã os estudos prosseguem nas quatro classes de participantes. No período matutino haverá o batismo do irmão Fábio Resplande, de Primavera do Leste e também a Ceia do Senhor.

Em tudo seja Deus glorificado com as nossas ações.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Acampamentos e retiros de famílias 2016

Convido todos das Igrejas Neotestamentárias a participarem dos retiros e acampamentos de famílias em Corumbá,MS ou em Poxoréo,MT nos dias 6 a 9/2. 

Em Corumbá serão comemorados os 60 anos de retiro familiar, bodas de diamante.
São eventos para glorificar o nome do Senhor Jesus Cristo, aprender dEle e desfrutar da comunhão com os irmãos.




Leve muita disposição para ouvir a palavra de Deus e compartilhar de sua alegria com outros.
Participam destes eventos os irmãos da Argentina, Paraguai, Bolívia e Brasil. 

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2016

Acampamento de Jovens e Adolescentes - La Choza, Posadas, Misiones, Argentina

Prezados irmãos,

“Mirad pues, com diligencia, como andéis, no como nescios, sino como sábios”. Efesios 5:15


Esse foi o versículo tema do Acampamento de Jovens e Adolescentes em La Choza, Posadas, Missiones, Argentina. Uma brasileira invadiu a Argentina para estar em comunhão com os irmãos daquele país, tão amados, que sempre nos visitam. E como foi lindo! Sobre a experiência, se algum jovem ou adulto desejar saber, pode me encontrar nas redes sociais, que compartilho com vocês, mas, em resumo, me encanta como o amor de Deus é tão incrível que rompe as barreiras entre países, porque pude compartilhar do mesmo amor e sentimento de sempre, como uma única família, unida pelo sangue de Cristo Jesus, nosso Senhor. Nos divertimos muito, em diversas atividades, muuuuito tereré (eu disse muito! hahaha), jogos de vôlei, futebol, ping-pong, conversas, risadas, orações.


O acampamento aconteceu nos dias 18 a 24 de janeiro, em um local maravilhoso que existe em Posadas, que segundo o irmão José Maria Iturriaga, pertence à UMNT há mais de 100 anos. Possui um salão para reuniões, um refeitório, dormitórios com banheiros para homens e mulheres, e muito espaço verde, com sombra, para passarmos as horas vagas. Estão em construção um novo espaço para reuniões e um espaço para eventos maiores, e mais dormitórios. Muito aconchegante, há neste local janelas que datam das primeiras construções, em madeira pura. Se tiverem oportunidade, contatem a Mis. Yuyi, e façam uma visita, é um belíssimo lugar. E com vista para o Rio Paraná e sua imensidão, paisagem “re linda”.



Muito me admirou a educação e respeito dos jovens pelos irmãos, não houve qualquer contratempo, pelo contrário, muitos momentos alegres e inesquecíveis. Claro que, incluo aqui, todos os estudos e lições que aprendemos nestes dias. Neste ponto, pude contar com a ajuda do jovem e grande amigo, Santiago Zamudio, filho do pastor Mario Zamudio, da Igreja Evangélica Neotestamentária de Rocamora, localizada em Posadas, que compartilhou comigo suas anotações para que eu pudesse aprender melhor e também poder transmitir aos irmãos o que aprendemos. Tivemos estudos com os irmãos Mario Zamudio, Samuel Lopez, Anibal Bueno, José Maria Iturriaga e Beto Cabrera.

O pastor Mario trouxe estudo sobre a Arca da Aliança, mencionada em Êxodo 25 e 37, e nos ensinou que Deus mandou que fosse feita uma arca com todas as indicações especificadas, que seria usada para manifestação de Deus ao povo e a Moisés. O sumo sacerdote entrava uma vez ao ano no lugar santíssimo onde se encontrava a arca. Os querubins eram os que guardavam e protegiam a santidade de Deus. Nos recorda que a arca da aliança aparece na eternidade, que dentro da arca se encontravam a vara de Arão, o maná e as tábuas da aliança, (Hebreus 9:4). Falou sobre a construção do templo por Salomão, e nos ensinou que ele, além de construir o templo, construiu um lugar que estava fora da visão dos homens (mostrou-nos imagens, explicando). O sumo sacerdote entrava todos os anos, uma vez, e oferecia sangue para expiar suas culpas e as do povo. Mas Cristo Jesus, uma vez, se sacrificou por cada um de nós, por amor a nós, uma vez e para sempre. Nos ensina que não devemos desconsiderar as coisas de Deus, porque vai chegar o momento que vamos estar diante do Senhor para prestar contas de nossas ações. Não desconsideremos o sacrifício do Senhor Jesus Cristo.

O irmão Samuel trouxe dois temas. Um deles foi sobre “Ter entendimento”, se baseando no exemplo de Salomão, em I Reis 3: 6-9, no qual ele reconhece sua realidade sendo jovem e pede a Deus que lhe dê um coração entendido a julgar e discernir entre o bem e o mal. Paulo também orienta a Timóteo, em 2 Timóteo 2:7, e ora para que o Senhor lhe dê entendimento. Nos ensinou que, como filhos de Deus, temos este recurso que é o entendimento para poder discernir entre o bem e o mal (I João 5:20). Se clamarmos e pedirmos ao Senhor que nos dê entendimento, Ele nos dará entendimento. Temos que buscar a vontade de Deus para nossa vida.
O outro tema que trouxe foi sobre “Manter-se puro”. Nos ensina que muitas vezes nós queremos ser sábios em nossa própria opinião, e não fazemos caso às advertências do Senhor, e por meio do exemplo de Ester, mostrou a todos nós que vale a pena ser puro, preservar-se, estar com Deus (Ester 2: 7-9). Apesar de todos os problemas que tinha Ester, tinha a sabedoria de não cair nas tentações do inimigo. Por causa de sua obediência, o Senhor premiou a Ester. Deus nos vai abençoar se nós o obedecermos. Devemos nos manter puros para receber a recompensa prometida e todas as suas bênçãos (I Timóteo 4:12 e I Tessalonicenses 5:23).

Irmão Aníbal nos ensinou sobre “Os escolhidos”. Lemos textos em João 8:31 e 32, e 15:16. Aprendemos que seremos discípulos verdadeiros, e teremos respostas de Deus em nossas vidas, se, uma vez escolhidos, permanecermos no que temos aprendido, dermos frutos, e que nossos frutos permaneçam também. Para que o Senhor nos abençoe e nossos frutos possam permanecer devemos estar firmes em nosso pai Celestial. Às vezes o Senhor quer nos colocar a trabalhar com Ele em sua obra, mas nós o rejeitamos. Ele irá nos substituir se não cumprimos nossa missão. Necessitamos de um coração arrependido e disposto para sermos felizes. Tudo está sob o controle de Deus e nada escapa dEle (Deuteronômio 32:39). Nos ensinou que se depositamos nossa confiança no Senhor, não teremos problemas, e que devemos ler a Bíblia para entender a vontade de Deus e podermos crescer espiritualmente, com atenção, e buscando aprender de fato (Josué 1:18).

O missionário José Maria, ou somente Yuyi, apresentou estudo sobre Timóteo, e nos ensinou porque Paulo escolheu a Timóteo para dar seu último conselho antes de morrer. Apesar de Timóteo ser jovem, estar enfermo, e ser tímido de caráter (pontos negativos, por assim dizer, citados na Bíblia), Deus o escolheu por meio de Paulo (2 Timóteo 1:1-7). Ainda que sejamos jovens, não significa que devemos ser débeis, fracos, derrotados pelo maligno (I João 2:14). Timóteo foi um jovem responsável, com uma fé verdadeira e sincera e de boa conduta, por isso Paulo o escolheu. Muitas vezes Deus não escolhe o melhor do mundo, mas sim escolhe àqueles que menos se espera para que trabalhem para o Senhor (Atos 4:12-13). O Senhor transforma a vida das pessoas e as faz ser cada vez melhores e mais capacitadas para o serviço de Deus. A Bíblia também traz as coisas positivas que Timóteo tinha: uma família que o apoiava, a amizade que tinha com Paulo, por ter um dom de Deus, e por ter uma disciplina pessoal. Com respeito à amizade, devemos escolher bem nossos amigos, que sejam boas e que nos tragam boas coisas. Sobre nossos dons, devemos avivar o dom que há em nós, que está apagando. Tudo depende de cada um de nós, e da decisão que cada um tome (Tito 2:1).

E o jovem e irmão Beto Cabrera, lendo o texto de Lucas 18:18-30, com o exemplo do jovem rico, nos trouxe grande ensinamento, de que o Senhor nos conhece pessoalmente e às vezes temos que deixar algumas coisas e certos aspectos de nossa vida para servir a Deus. Para Deus nada é impossível, ele transforma as coisas impossíveis em possíveis, ainda que esteja difícil, Ele pode mudar a vida de todos nós.

Todas as tardes, tivemos estudos em grupos, com estudos no livro de Provérbios, mais especificamente no capítulo 8, em contraste com o capítulo 7. Aprendemos muitas características dos néscios e dos sábios, e fomos instruídos a deixar quaisquer marcas de néscios que estejam em nós, que não queiramos ser este tipo de pessoa, que causa mal, que cai em tentação, que se afasta de Deus. De grande proveito foram estas reuniões, pois em grupos menores se aproveita mais. No grupo em que eu estava, quando ficávamos com um pouco de sono, por não ter dormido “la ciesta”, o pastor Mário mudava o assunto, falava sobre nossas congregações locais, sobre nossas vidas, não houve momento que não fosse aproveitado (risos).


Ademais, foram dias de grande benção para nossas vidas. Comemos muito bem também, três jovens chefes de cozinha foram responsáveis por tratar-nos como reis e rainhas (risos): Johni Agüero, Fern Benitez e Lucas Benitez. Claro, com a ajuda dos irmãos maiores, mas sob vosso comando. Maravilhosos pratos argentinos! Hahah! E estivemos guiados durante todo o acampamento por vários irmãos, nos dormitórios, nos momentos de lazer. Uma coisa especial a compartilhar: os devocionais eram nos dormitórios. Ninguém faltou. E à noite fazíamos também leitura da palavra antes de dormir. Muito bem aproveitados todos os momentos. Graças a Deus por isso!
Trago de lá as forças renovadas, e muitas saudações de todos os irmãos. Glórias a Deus por suas vidas! Que Deus nos abençoe.


“Que todo lo que soy alabe al Señor, con todo mi corazón, de Tu grande amor cantaré, Tu nombre alabaré!”.


Envío saludos a todos los jovenes de Argentina, desde Brasil, ya los extraño mucho. Y los invito a veniren al Brasil para disfrutar de la comunión que Dios nos regala.  Bendiciones a todos!

Mariza Resplandes (con ayuda de Santi Zamudio)

Fotos: Vanessa Zamudio. (L)