segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

CONHECER E RECONHECER


“Graça e paz vos sejam multiplicadas, pelo conhecimento de Deus, e de Jesus nosso Senhor”. 2 Pe. 1:2.
Deus quer ser conhecido e reconhecido. Rm. 1.19-20 Ao longo de toda a Escritura vemos Deus se fazendo conhecido. Da mesma maneira como Ele nos conhece, quer também que o conheçamos. Deus é a verdade, e quer que todos conheçam a verdade. “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará”. Jo. 8:32.  Salomão, em uma de suas orações a Deus, depois de haver construído o templo e trazido para dentro dele a Arca da Aliança, ele repete várias vezes que Deus ouviria a oração daquele que, mesmo sendo estrangeiro, se pedisse a Deus Ele ouviria “a fim de que todos os povos da terra conheçam o Teu nome”. 1 Rs. 8:43 b.  Ele deixou a Sua Palavra com esse intuito, de que O conheçamos por meio Dela. O propósito de Deus nunca foi omitir Sua presença e poder, pois Ele não tem prazer em ser visto como um “mistério”, mas em se fazer conhecer.  Conhecer é saber, é não ignorar e reconhecer é no sentido de prosseguir conhecendo por todo o sempre como diz em Oseias. "Conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor" Os. 6:3. Reconhecer é tornar a conhecer, é conhecer de novo.
O apóstolo Pedro diz que "a graça e a paz sejam multiplicadas no pleno conhecimento de Deus e de nosso Senhor Jesus Cristo". Quanto mais conhecemos a Deus, mais teremos da Sua graça e de Sua paz. Será que temos reconhecimento do que é Deus para nós? Será que a correria, as preocupações do mundo, as preocupações com as coisas desta vida não tem tomado muito lugar em nosso ser, atrapalhando nosso reconhecimento do que Deus realmente é ou do que Ele tem feito por nós e em nós?
Teremos progresso espiritual, se reconhecermos sempre o Deus que conhecemos um dia, como nosso Senhor, como o Todo Poderoso, como aquele que nos salvou; como aquele que “nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do Filho do Seu amor”, Cl. 1:3. Quando olhamos os resultados de termos conhecido a Deus um dia e analisarmos a diferença que isso fez e faz em nós, podemos perceber claramente os resultados. E, quando praticamos, reconhecendo progressivamente o que é Deus e o que Ele faz por nós, e fez, através do Senhor Jesus Cristo, a graça e a paz vai sendo multiplicada em nós como diz o versículo do cabeçalho.
O texto prossegue dizendo no versículo 3: “Visto como, pelo seu divino poder, nos têm sido doadas todas as coisas que conduzem a vida e à piedade, pelo conhecimento completo daquele que nos chamou para  a sua própria glória e virtude”.
A gente vê hoje tantas pessoas que, apesar de ter conhecido a Deus um dia, vivem tão distantes da realidade de Deus. Pessoas que foram discipuladas, ensinadas nas Sagradas Escrituras; pessoas que tiveram a oportunidade de tirar todas as dúvidas sobre o que é Deus e o que Ele fez e faz por nós, vivem distantes e sem expectativas, sofrendo com doenças psicológicas, síndromes de todos os lados, transtornos de personalidades que sempre se começa com um esfriamento da fé.  Por que isto? Nunca os psicólogos, psiquiatras tem ganhado tanto dinheiro atendendo crentes em Cristo Jesus; Transtornos Bipolares, Síndrome do Pânico, Depressão e outros transtornos psicológicos, tem atingido em cheio o povo cristão, por quê? Ao meu ver, é por pura falta de reconhecimento de Deus e de nosso Senhor Jesus Cristo.  A falta desse reconhecimento gera a falta de GRAÇA E PAZ. Para o apóstolo Pedro, se o homem conhece ao Senhor, ele tem tudo aquilo de que necessita para a vida e piedade. Pedro não diz algumas coisas, mas “tudo o que é necessário nos tem sido doadas”. Quando diz vida e piedade, está se referindo a vida que realmente leva a sério, com respeito, temor e devoção aquilo que é sagrado.
Deus nos chamou para a Sua gloria e virtude. Ele nos colocou nesse patamar de excelência moral, pelo Seu divino poder; e, através da Sua glória e virtude, isto é pelo Seu benefício a nós, independente de nosso merecimento “nos foram doadas as Suas preciosas e mui grandes promessas, para que, por elas, vos torneis co-participantes, (participantes com Ele) da natureza divina, livrando-nos da corrupção e das paixões que há no mundo” V. 4.
Para sermos libertos das corrupções e das paixões que há no mundo, só mesmo através do reconhecimento contínuo de Deus, das Suas grandezas, das Suas promessas preciosas e mui grandes; só assim podemos nos tornar participantes com Ele da Sua natureza divina. Guardando no coração as coisas preciosas de Deus, conhecendo mais e mais a Sua Palavra e a Sua vontade em nossas vidas. Como diz o Sl. 119:9. “De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho? Observando-o conforme a tua palavra”.  A palavra de Deus é realmente “útil para o ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda a boa obra”. 2 Tm. 2;16,17. Todos nós precisamos aprender de Deus, conhecê-Lo cada vez mais e nos guardar do pecado; para tanto, precisamos observar a Sua vontade através das Escrituras que nos ensina, repreende, corrige e educa. Aliás, só nos guardando do pecado e das contaminações do mundo é que podemos ter o privilégio de conhecê-Lo melhor.
O apóstolo Pedro segue dizendo: “Por isso mesmo, vós reunindo toda a vossa diligência, associai coma vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento; com o conhecimento, o domínio próprio; com o domínio próprio, a perseverança; com a perseverança, a piedade; com a piedade a fraternidade; com a fraternidade, o amor”. V. 5,6.
Reunindo toda a nossa diligência, pelo fato de reconhecermos que nos foram doadas por Deus, todas as coisas que nos conduzem a piedade, isto é, por nos ter sido dado a graça de termos afeição, amabilidade pelas coisas de Deus, por levarmos a sério as coisas espirituais, pela fé em Deus e na Sua palavra, porque a fé também é dada por Deus; por termos sido feitos participantes da natureza divina, por termos escapado das paixões que há no mundo e das concupiscências do mundo, por causa disto, precisamos reunir com todo o cuidado, diligentemente, dedicadamente, associar, isto é, reunir, acrescentar junto com a nossa fé que veio de Deus, a virtude, o conhecimento, o domínio próprio, a perseverança, a piedade, o amor fraternal e o amor ágape que é o amor que recebemos de Deus quando nos tornamos participantes da Sua natureza e quando nos foram doadas todas as outras qualidades que vemos no contexto.
Pedro ainda diz: “Estas coisas existindo em vós e em vós aumentando..”. De que maneira estas coisas podem aumentar em nós? Somente pelo reconhecimento Daquele que uma vez conhecemos pela Sua própria e infinita graça. Estas coisas só tendem a crescer na vida daquele que busca o conhecimento em Deus; que procura viver de acordo com o evangelho que, de acordo com o apóstolo Paulo, “é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê”; Rm. 1:16. Estas coisas existem em nós, mas elas não apenas devem existir, elas devem aumentar em nós, para que não sejamos “inativos, nem infrutuosos”.  

Pedro segue no versículo 9 dizendo: “Pois aquele a quem estas coisas não estão presentes é cego, vendo só o que está perto, esquecidos da purificação dos seus pecados de outrora”. É o risco que correm todos os que dia a dia não reconhecem o significado de ter recebido e ser participantes da natureza divina e de terem recebido de graça, como doação, a "fé, a virtude, o conhecimento, o domínio próprio, a perseverança, a piedade, a fraternidade e o amor". A falta desse reconhecimento diário leva a pessoa a se distanciar da sabedoria de Deus e estas qualidades que recebemos Dele como doação, no momento em que nos tornamos participantes da Sua natureza, vão murchando, e secam, e faz essa pessoa perder a visão daquilo que Deus é e do que Ele fez e faz, e ela passa a ver só aquilo que está à sua volta, consequentemente, fica infrutífero e inativo. Essas coisas precisam não apenas existir em nós, mas serem aumentadas para que não nos tornemos “cegos, esquecendo-nos da purificação dos nossos pecados de outrora”. Nunca devemos nos esquecer que estávamos mortos nos nossos delitos e pecados e que andávamos outrora, segundo o curso deste mundo e segundo o príncipe da potestade do ar que é o espírito que atua nos filhos da desobediência. Que éramos filhos a ira, que estávamos num charco de lodo que vivíamos no reino das trevas, e que o Senhor, por meio do seu amor com que nos amou nos deu vida e nos transportou de lá para o Seu reino. Leiamos sempre Ef. 2:1-10 e Cl. 1:13,14 para prosseguirmos conhecendo ao Senhor, e sempre reconhecendo tudo o que Ele fez e faz por nós os Seus filhos.

Grande abraço.

Um comentário:

Ivon Pereira da Silva disse...

A leitura deste estudo é gratificante, nos edifica, fortalece, anima na nossa caminhada com Deus.
Amado irmão, continue produzindo estudo desta magnitude, pensando no crescimento e fortalecimento dos irmãos.