Exemplo I do Senhor Jesus Cristo.
O livre arbítrio, que é o poder que cada pessoa tem de escolher suas ações, que
caminho seguir, o que fazer de sua vida, claro que, arcando com as consequências
se fizer errado, é um poder que o homem tem, dado por Deus desde o primeiro homem
Adão e de sua companheira Eva. Isto quer dizer que Deus fez o homem com
vontades próprias e não como um robô que é manipulado. Esse poder foi dado ao homem desde a sua
criação. Aliás, não foi dado só ao homem, foi dado também aos anjos, porque
lúcifer e um terço dos anjos dos céus escolheram se rebelar contra Deus,
e, claro, também arcaram com as consequências da desobediência, sendo expulsos
dos céus, pelo Deus Todo poderoso.
Cada
pessoa na terra tem esse poder de escolha. Para que nós alcancemos o perdão dos
pecados que cometemos, precisamos fazer a escolha de nos entregarmos a Deus,
aceitando ao Senhor Jesus Cristo, que é o único mediador entre Deus e os
homens, como Salvador e Senhor de nossas vidas. Os que conhecem a Palavra de Deus
sabem que tudo foi por causa de Adão e Eva que, valendo-se do livre arbítrio,
deram ouvidos ao conselho da serpente, a “mais astuta de todas as alimárias do
campo que o Senhor tinha feito”. Eva, aproveitando do poder de escolha que lhe
fora dado, começou um longo diálogo com o diabo que se incorporou na serpente e
com isto, como diz o ditado: “quem fala muito dá bom dia a cavalo”, foi
facilmente enganada e depois levou também a Adão a pecar comendo do fruto que
Deus havia proibido que comessem. Deus havia deixado diversas árvores boas para
se comer. Não devemos nunca deixar espaço em nossos corações para pensarmos que
os frutos das outras árvores eram ruins e que, da que Deus proibira ao homem de
comer era melhor. Inclusive havia a árvore da vida no meio do jardim. Mas, Eva escolheu experimentar também daquela
que não podia.
Deus não
deixa ninguém com dúvidas com respeito à escolha certa e a errada. Quem escolhe
desobedecer, sabe exatamente o que está fazendo. Ele mostra o certo e o errado,
mas deixa a escolha por conta de cada um. Isto é livre arbítrio. Quando Salomão
diz por exemplo em Pv. 14:12, que “Há caminhos que ao homem parece direito mas
o fim dele são os caminhos da morte”, temos que entender que isto é na
visão do homem. Parece ao homem porque esse homem, com o direito de escolha que
tem, fita nele com aquele pensamento que teve Eva, de que, “poder ser que Deus
não tenha razão no que diz” e começa a se interessar por outro caminho. Jesus
diz isto em Jo. 14:6. “Eu sou o caminho, a verdade e a vida”...
Mas são poucos os que querem “o caminho” e que querem seguir “a verdade” para
terem “a vida”. Deus é Justíssimo. Ele
sempre julga com equidade. No Velho testamento inteiro, a condição para se que
se mantivesse no caminho era a obediência a Deus e a Seus mandamentos. Na
dispensação da graça em que vivemos no Novo Testamento, para encontrarmos o
caminho e andarmos nele, a condição é o arrependimento e a conversão, através
da aceitação ao Senhor Jesus; mas são poucos os que querem, por achar que Deus
pode estar exagerando nas “exigências”. Jesus disse que “a porta é estreita e
são poucos os que entram por ela”; porque a grande maioria querem passar pela “porta
espaçosa”. Mas é uma escolha deles e não de Deus. A escolha de Deus é que,
apesar da porta ser estreita, é ela que conduz a vida e ponto.
Então,
como exemplo de que nós temos que fazer a parte que nos é devida fazer para que
Deus faça a Dele em nós no que se refere a salvação, é o fato de Jesus dizer: “vinde a mim”. “Tomai o meu jugo”. “Aprendei
de mim”. Jesus promete alívio ao cansado, mas esse cansado precisa vir a
Ele. Ele pode dar alívio do jugo pesado, mas o que está sobrecarregado com jugo
pesado nas costas precisa deixar o seu jugo pesado e tomar o leve que o Senhor
oferece. Jesus promete descanso para a alma, mas, a pessoa precisa vir a Ele,
aprender Dele para fazer jus a esse descanso. Mt. 11:28-30.
Em Mt. 7:7, diz: “Pedi e dar-se-vos-á; buscai e encontrareis; batei e abrir-se-vos-á”.
Quando batemos “na porta da casa de Deus” para buscarmos alguma coisa, pedindo
a Ele, estamos fazendo a nossa parte, em obediência a Sua Palavra. A parte de
Deus é atender. E, quanto a isto Jesus disse: “Aquele que pede recebe; e, o que busca encontra; e, o que bate,
abrir-se-vos-á. E, qual dente vós é o homem que, pedindo-lhe pão o seu filho,
lhe dará uma pedra? E, pedindo-lhe peixe, lhe dará uma cobra? Se vós, pois,
sendo maus, sabeis dar boas coisas aos vossos filhos, quanto mais vosso Pai,
que está nos Céu, dará bens aos que lhe pedirem?”. Como o cego e mendigo
Bartimeu que não só pediu, mas insistiu gritando apesar da repreensão das
pessoas para que ele se calasse, contra tudo e todos ele continuava clamando.
Jesus parou e mandou que o chamasse e ele se lançando a sua capa de si
levantou-se e foi ter com Jesus, recebendo a graça da salvação e a cura da
cegueira. Mc. 10:46-52. Esse cego
filho de Timeu, até então, não podia ver, mas podia ouvir, falar e caminhar.
Então, diante da oportunidade, ele fez o que podia fazer: gritou, clamou,
suplicou, insistiu e conseguiu a sua graça.
Se
olharmos para Zaqueu Lc. 19:1-10, o
cobrador de impostos, chefe dos publicanos, “o maioral entre eles, e rico”. Mas
queria ver a Jesus. O problema é que ele
era baixinho, mas podia correr e podia escalar uma árvore. Mesmo diante da
multidão, olhando apenas para a sua necessidade que era de ver a Jesus, correu
adiante de todos e subiu no sicômoro e esperou até que Jesus passasse. Jesus
passando, olhou para cima e falou com ele e prometeu pousar em sua casa. Uma
oportunidade única que Zaqueu teve de se regenerar, se arrependendo dos seus
pecados e se entregando ao Senhor de todo coração. Se fizermos a nossa parte,
Deus faz a Dele em nós.
Grande abraço.