sábado, 24 de novembro de 2012

Pit Stop de Dezembro

Izaias Resplandes
Fim de ano. Dois mil e doze já está acabando. Agora é o momento do balanço, da contabilização das perdas e dos lucros para ver se ainda temos saldo na conta. É hora de fazermos uma pequena pausa na corrida para avaliar a forma como estamos indo: se estamos bem, se estamos crescendo, ou se estagnamos, ou até mesmo regredimos. Todas essas notas são possíveis. Não é prudente continuarmos avançando, sem avaliarmos os resultados de nosso empreendimento, seja ele qual e de que natureza for.
 O que passou, passou. Já não volta mais. Tempo perdido não se recupera. O ditado diz que “errar é humano”, mas a mesma sabedoria popular completa que “permanecer no erro é burrice”. Podemos ter tentado acertar uma vez e errado. Isso é compreensível. Mas não podemos continuar errando. É necessário que avaliemos a nossa vida e respondamos às perguntas “onde foi e por que foi que erramos?”. Cometemos um grave delito contra nós mesmos, quando insistimos em avançar sem fazermos esse necessário pit stop.
No automobilismo, um pit stop (ou parada técnica) é quando um piloto de corrida para nos boxes para fazer mudanças em seu carro. Dependendo da categoria essas mudanças podem envolver reabastecimento, uma troca de pneus, reparos caso o carro esteja danificado, ajustes mecânicos, troca de piloto, ou qualquer combinação desses mesmos itens. Também varia de uma categoria para outra o número de mecânicos envolvidos no processo, que pode variar de cinco a mais de vinte pessoas (Wikipédia).

É provável que durante muitos anos de nossas vidas tenhamos caminhado “a torto e a direito”, sem rumo e sem direção, sem objetivos e sem metas, “sem lenço e sem documento”, experimentando de tudo um pouco, procurando encontrar no palheiro o que teríamos perdido, mas que não sabíamos o que era. E que mesmo assim tenhamos continuado correndo, “desgarrados como ovelhas, cada um se desviando pelo caminho” que bem desejasse (Is 53:6), no exercício de uma apreciada e defendida liberdade absoluta e sem controle. Naqueles tempos “todos nós andávamos nos desejos da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos” (Ef 2:3). Só isso justifica porque tão poucos têm progredido e porque a pobreza e a miséria constituem o patrimônio da maioria dos homens.
Não tenho dúvida de que muitos de nós estivemos completamente perdidos nesses últimos anos. Nossa vida não tinha o menor planejamento. Era sem objetivo e sem metas. Qualquer caminho servia. Qualquer orientação era considerada boa. Até as coisas com absoluta falta de sentido, de lógica e de racionalidade eram consideradas ótimas. Nós éramos como crianças, confiando em tudo e em todos. Infelizmente esses caminhos que nos pareciam direito, para muitos foram caminhos de morte (PV 16:25). Aí estão as cracolândias, os asilos, orfanatos, prisões, favelas, presídios, guerras, fome, sede, poluição, roubos, assassinatos, suicídios, desemprego, mortes de todo tipo e doenças sem fim. Isso não pode continuar assim. Precisamos fazer um pit stop para vermos onde estão os erros e tomarmos as providências para que não se repitam mais. “Lembra-te, pois, de onde caíste, e arrepende-te, e pratica as primeiras obras” (Ap 2:5).
A parada de dezembro não pode ser apenas um período de recesso do trabalho usado para passear e festejar. O lazer também pode acontecer, mas antes de tudo devemos priorizar a realização de uma avaliação e de um replanejamento de nossas atividades, para que no próximo ano possamos prosseguir com maiores possibilidades de sucesso em nossos empreendimentos.

7 comentários:

Zigomar disse...

Presado irmão Izaías, firmo em baixo! Essa Pit Stop é necessário e mudanças que precisarem deverão ser feitas realmente para que desempenhemos bem nessa "corrida" da vida, para que corramos com perseverança a carreira que nos está proposta.Que essa avaliação, julgamento a nós mesmos seja para um melhor desempenho nosso. Eu, particularmente, como veículo, quero ser conduzido sempre pelo "PILOTO" que me guiará até aos Céus, na estrada ou nos caminhos que Lhe convier até ao final!
Grande abraço!

Prof. Izaias Resplandes disse...

Obrigado pelo retorno, irmão Zigomar. Nossos ideiais de vida normalmente incluem sermos conduzidos em todos os sentidos por Jesus. Mas as vezes achamos que está indo tudo bem e vamos seguindo sem avaliar. Os discípulos, nos dias de Jesus, corriam de um lado para outro sem parar. Então o Senhor tomou a decisão. E ele disse-lhes: Vinde vós, aqui à parte, a um lugar deserto, e repousai um pouco. Porque havia muitos que iam e vinham, e não tinham tempo para comer. Marcos 6:31. Eles fizeram o pit stop. Com certeza, depois disso caminharam com mais entusiasmo e com mais alegria.
Nós também devemos fazer esse pit stop.
Além disso, as próprias reuniões da Igreja, os encontros de cooperadores, de lideranças... Nesses momentos, nós deixamos nossos afazeres para ver o que a Palavra diz sobre nossas vidas; nós paramos com a rotina dos trabalhos da igreja para discutirmos em conjunto os problemas mais comuns. Isso também é uma parada técnica necessária.
O tema comporta uma ampla reflexão. Abraços.

Ivon Pereira da Silva disse...

Caro Professor Isaias, parabéns, por nos lembrar da necessidade da reflexão sobre o nosso caminhar, e como caminhar bem, firmado nos fatos positivos que vivemos, ouvimos, aprendemos e compartilhando com nossos familiares, irmãos, colegas de trabalhos, vizinhos e até com a natureza. Vivemos dias difíceis, mas, há uma promessa de vitória. Confiemos naquele que é autor: Deus.

Sebastião Wenceslau de Carvalho disse...

Caro irmão Resplandes, não entendo com que direito o sr. usou de minha imagem para postar algo que caiu com muita ofensa a muitos dos irmãos daqui da duque que me ligaram ou enviaram e-mail pedindo que o sr. retrate suas palavras as quais chamam de burrice seguir o passado / tempo perdido / grave delito. Pode que para muitos é só um momento de reflexão, mas para nós que estivemos no encontro, e sr. publicar uma imagem minha e do ir Antonio, caiu e soou muito como uma colocação de muito má intensão. Pois como advogado deve saber que não se usa a imagem de outra pessoa para usar publicamente de indiretas ofensivas dizendo que foi um erro ter apoiado os irmãos que fundaram nossa historia de missão. Por favor reflita pela visão que lhe coloco, pois li o comentarios dos outros irmãos que não entenderam assim. Mas alguns irmãos daqui sim. Espero uma retratação em 1ª página confiando em sua idoneidade espiritual e moral.

Josiane Abecassis disse...

Com Cristo no barco tudo vai muito bem! Gostei muito do texto, que possamos sempre seguir com fé e avaliar a nós mesmos a todo momento, procurando realmente cumprir nossas metas no físico e no espiritual nos superando a cada ano que passar! Grande abraço irmão pra você e sua família maravilhosa!

Prof. Izaias Resplandes disse...

Prezados Ivon e Josiane... Agradeço pela apreciação do texto. A idéia é essa: avançar, mas avaliando o avançar, para não incorrermos nas artimanhas do maligno.
"Segundo a graça de Deus que me foi dada, pus eu, como sábio arquiteto, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele". 1 Coríntios 3:10.
VEJA CADA UM COMO EDIFICA... Esse ver como edifica é a AVALIAÇÃO a que refiro.
Abraços a vocês.

Prof. Izaias Resplandes disse...

Amados irmãos:

Entendendo as preocupações do irmão Sebastian Wenceslau, escrevi uma retratação com o título "Perdoe-me", que foi publicada neste blog no dia 27 de novembro (favor conferir, se tiver interesse nesse assunto), onde explico as razões que motivaram esse artigo".
No dia 28 de novembro o irmão Sebastian Wenceslau escreveu um comentário e disse:
"O Deus de Abrão também nosso seja exaltado.... Pois ainda que não tenhamos a intensões ofensivas, ELE nos dá um coração humilde para retratar nossos erros... O Senhor te de a paz sobre essa questão. De minha parte... isso sim ficou no passado e não volta mais...".
Diante disso, quero dizer que realmente estava muito preocupado com o assunto, mas agora, de fato, também estou em paz.
Sigo a seguinte filosofia de vida: "Abaixo de Deus, ainda existe alguém que é maior do que o "Eu" e o "Tu" ou o "Você". Esse alguém é o "Nós". Por ele vale a pena fazer alguma coisa". Já disse Paulo: "Quem ama, não busca os seus próprios interesses, mas os de outrem" (1 Co 13). Não vivo exatamente para mim, embora também por mim. Vivo mais precisamente para o "Nós", que é muito melhor do que o "Eu" e o "Você".

"Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum louvor, nisso pensai". Filipenses 4:8. Abraços a todos.