sexta-feira, 22 de abril de 2011

O chamado de Deus



Victor Hugo Matos Leite

O tema do segundo estudo para os jovens neotestamentários acampados em Poxoréu, MT no dia 21 de abril, aniversário de Brasília, a Capital de nosso país foi “O CHAMADO DE DEUS”. A reunião foi dirigida pelo jovem Cléberson.
O irmão Victor, membro da Neo de Rondonópolis, converteu-se no ano de 2002, durante um retiro no Acampamento Rio dos Crentes, em Poxoréu. Ele conta que assistiu durante muito tempo aos cultos da Igreja em Rondonópolis, antes de fazer sua decisão. Diz que certa vez, após um culto, a irmã Márcia Lomeu, esposa do diácono Jair Lomeu disse-lhe que já estava na hora dele aceitar a Jesus. E que ele pensou que Márcia estava louca pois “quem não gostaria de aceitar a Jesus”... Hoje, falando aos jovens ele lembrou que para um descrente, o crente é considerado um louco. E concluiu que de fato nós somos loucos por conta da nossa pregação. Citou o texto de Paulo em 1 Co 1:18, onde ele fala sobre a loucura da pregação para os que não crêem e que ainda não atenderam ao chamado de Deus para serem salvos.
Em seu estudo, o irmão abordou o chamado de diversos servos de Deus. Destacou o chamado de Moisés (Ex 3:1-15; 4:1-7, 10-16), Gideão (Jz 6:11-36), Isaías (Is 6:6-8), Samuel (1 Sm 1:1-14), Paulo (At 9:1-15) e Jonas (Jn 1).
Sempre que chamados, normalmente os homens começam a apresentar desculpas para não atender. Moisés disse que era pesado de língua, Gideão queria provas de que Deus estava com ele, Jonas não queria pregar porque os ninivitas poderiam se arrepender e seriam perdoados porque Deus é muito misericordioso. Alguns não se julgam ainda preparados. Em suma, o costume é apresentar dificuldades para não obedecer, para negligenciar, para escusar-se.
Segundo o professor, Deus não chama pessoas já capacitadas para a obra. Normalmente ele escolhe as pessoas e em seguida as capacita. Seu desejo, portanto é que, ao chamar-nos, que nós deixemos o que estivermos fazendo e atendamos ao chamamento (Jo 15:1-10).
Para ilustrar o ensino, o irmão Victor contou uma história.

Conta-se que certo caipira estava no seu trabalho rotineiro, num canavial, quando, de repente, viu brilhar três letras no céu: VCC. Muito religioso, o caipira julgou que aquelas letras significavam: “Vai Cristo Chama”. Fiel à visão correu ao pastor de sua Igreja e contou-lhe o ocorrido, concluindo que gostaria de devotar o restante de sua vida à pregação do evangelho. O pastor, surpreso diante do relato, disse:
— Mas para pregar o evangelho, é preciso conhecer a Bíblia. Você conhece a Bíblia o bastante para sair pelo mundo pregando a sua mensagem?
— Claro que sim! – Disse o homem.
— E qual é a parte da Bíblia que você mais gosta e conhece?
— As parábolas de Jesus, principalmente a do bom samaritano.
— Então, conte-a! – Pede o pastor, querendo conhecer o grau de conhecimento bíblico do futuro pregador do evangelho.
O caipira começa a falar:
— Descia um homem de Jerusalém para Jericó, e caiu entre os salteadores. E ele lhes disse: Varões irmãos, escutai-me: Não tenho prata nem ouro, mas o que tenho, isso te dou. E entregou-lhes os seus bens, e a um deu cinco talentos, e a outro, dois, e a outro, um, a cada um segundo a sua capacidade.
E partindo dali foi conduzido pelo Espírito ao deserto, e tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, teve fome, e os corvos alimento lhe traziam, pois alimentava-se de gafanhoto e mel silvestre. E sucedeu que indo ele andando, eis que um carro de fogo o ocultou da vista de todos. A rainha de Sabá viu isso e disse: ‘Não me contaram nem a metade’.
Depois disso, ele foi até a casa de Jezabel, a mãe dos filhos de Zebedeu, e disse: ‘Tiveste cinco maridos, e o homem que agora tens, não é teu marido’. E olhando ao longe, viu a Zaqueu pendura pelos cabelos numa árvore e disse: ‘Desce daí, pois hoje almoçarei na tua casa’. Veio Dalila e cortou-lhe os cabelos, e os restos que sobraram foram doze cestos cheios para alimentar a multidão. Portanto, não andeis inquietos dizendo: ‘Que comeremos?’, pois o vosso Pai celestial sabe que necessitais de todas essas coisas. E todos os que o ouviram se admiraram da sua doutrina.”
O caipira, entusiasmado, olhou para o pastor e perguntou:
— E então, estou pronto para pregar o evangelho?
— Olha, meu filho – disse o pastor – eu acho que aquelas letras no céu não significavam: “Vai Cristo Chama”. Antes, deveriam ser lidas: “Vai Cortar Cana”.
MORAL DA ESTÓRIA: Um conhecimento superficial das Escrituras poderá causar danos irreversíveis ao ministério, caso o mestre não leve em contar os fatores fundamentais para uma boa interpretação bíblica.
Concluindo, o irmão destacou o seguinte:
1) O chamado de Deus é pessoal. Deus nos chama pelo nome de cada um. Ele nos conhece, sabe o dia e a hora em que nascemos.
2) Deus nunca desiste de seus escolhidos. Ele luta por eles.
3) Nós temos uma missão a ser executada conforme o chamamento de Deus.
4) Devemos pregar o que Jesus mandou e não uma mensagem que possa agradar aos homens.

Um comentário:

Ivon Silva disse...

É gratificante poder contar com novos ensinadores, principalmente jovens entusiasta como o irmão Victor Hugo, que Deus o abençõe sempre nesta disposição e força de bem servir ao Senhor.