terça-feira, 8 de março de 2011

O segundo campo de treinamento de Deus


Na manhã desta terça-feira, 08 de março de 2011, o Pr. Nanao Yamamoto, deu prosseguimento à história do treinamento de Elias para a obra missionária, tomando por referência o texto de 1 Rs 17:8-16.

Depois de passar pelas experiências planejadas por Deus, escondido junto ao ribeiro de Carith (sua fonte de água), onde fora alimentado pelos corvos e após o riacho secar, Elias é enviado à casa de certa viúva que vivia em Sarepta, à qual o Senhor designara para sustentar-lhe.

O que o Senhor desejava ensinar a Elias agora? – essa foi a pergunta do professor. Depois dos dias difíceis que passara no primeiro campo de treinamento, ele poderia esperar uma maior abundância de suprimentos na casa dessa viúva, já que ela seria a responsável pelo seu sustento. Mas a surpresa é que a sua mantenedora não tinha nada mais que “um punhado de farinha em uma panela” e “um pouco de azeite” na botija. Além do mais, esse pequeno suprimento seria utilizado para a sua última refeição, bem como a de seu filho antes de se entregarem nos braços da morte.

Elias pode ter se decepcionado com essa situação. Afinal, depois de ter sofrido muito junto ao Carith, talvez esperasse que Deus o tratasse melhor. Mas agora, aquilo! Certamente seu aprendizado ainda não terminara e Elias, portanto, aceitou o seu desígnio de passar pelo teste da impossibilidade.

Sim, impossibilidade, posto que seria praticamente impossível sobreviver com aquelas migalhas de farinha e azeite. Mas se Deus dizia que aquela mulher haveria de sustentá-lo e se o que ela tinha para tanto era tão somente aquilo, então era exatamente com isso que se contaria.

Então Elias pediu à mulher que lhe preparasse um bolo pequeno para que ele se alimentasse e depois fizesse outros bolos para ela e seu filho. Disse-lhe que, se ela fizesse isso, certamente a farinha e o azeite não se esgotariam de suas vazilhas até que o Senhor fizesse chover novamente sobre a terra. Que bênção seria para essa senhora e seu filho, os quais já se preparavam para a morte! Mas também poderia ser uma “jogada” daquele homem para tirar-lhe o alimento que ainda tinha.

Mas então nós vemos uma grande demonstração de fé. Aquela mulher, sem discutir os termos, vai e faz conforme a palavra de Deus, dita por intermédio do profeta.

É muito importante que sejamos capazes de ver o que temos de fazer para receber a bênção de Deus. Em quase todas as situações da vida, sempre existe algo que compete a nós fazer. Praticamente nada cai do céu, milagrosamente, sem mais, nem menos. No caso em tela, por exemplo, aquela mulher seria abençoada com a provisão de farinha e azeite durante todo o período de seca, mas precisava primeiro saciar a fome de Elias.

E assim, então, tem prosseguimento o aprendizado do missionário. Depois de aprender a viver com pão e carne na região do Carith, agora ele teria que aprender a viver comendo farinha com azeite. Qual de nós ainda não passou por essa situação? A maioria já teve uma experiência semelhante.

Além disso, é de lembrar que somos ensinados pela Palavra de Deus, através de Paulo, a “viver contente em qualquer situação”. Temos que saber viver na abundância e na escassez. É assim o texto sagrado: “Não digo isto como por necessidade, porque já aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido, e sei também ter abundância; em toda a maneira, e em todas as coisas estou instruído” (Fp 4:11-12).

E nessa linha, o preletor nos deu um bom exemplo de como superou as suas próprias dificuldades, no seu ramo de negócios: o de desmatamento. Estando o setor em crise, ele vem vendendo umas churrasqueiras que inventou e fabricou para garantir a sua subsistência. Essa tem sido a sua experiência de treinamento.

Diante do exposto, a conclusão é que Deus não nos desampara. Ele cuida de nós de uma forma muito especial (às vezes bem diferente da forma que esperamos, mas cuida), que nos possibilite aprender algo que sirva para toda a nossa vida. Então, o que nos compete é aceitar a lição e fazer a nossa parte, sem nunca deixarmos de agradecer pela provisão divina, ainda que ela seja constituída de carne e o pão servido pelos corvos ou ainda que tenhamos apenas farinha para comer. Quem não sabe ser fiel no pouco, jamais estará pronto para a abundância.

Essa foi mais uma das tantas lições de vida que aprendemos em Rio dos Crentes durante este Retiro de 2011, na cidade de Poxoréu, MT.

Que Deus nos abençoe!

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