domingo, 17 de junho de 2007

Aprendendo e fazendo o certo


Izaias Resplandes[i]

Nossos sonhos. Desde que nascemos, idealizamos fazer muitas coisas. E, ao longo de nossa vida nos esforçamos ao máximo para transformar todas essas idéias e projetos em realidade. Em algumas coisas somos bem sucedidos. Em outras, não. Nesse sentido, talvez eu pudesse dizer que isso não importa, porque é assim que acontece na vida de todo mundo e o que interessa é que não ficamos omissos e não deixamos de fazer. Ou seja, certo ou errado, nós fizemos algo na tentativa de acertar e de fazer o melhor. Eu creio que essa seria uma boa palavra, principalmente se contraposta à idéia de não fazer nada. No entanto, creio também que a Palavra de Deus pode nos dar uma orientação ainda melhor a respeito de como devemos fazer as coisas e de como poderemos ser bem sucedidos em nossos projetos. Sim, queridos, Deus deseja que nós sejamos perfeitos e nos dá orientações precisas sobre como poderemos atingir a perfeição. Cf. Fp 3:12-14.

Disse certa vez que “sem planejamento, qualquer caminho é caminho para lugar nenhum. Com o planejamento se sabe para onde se vai, como se está indo e como se fará para chegar lá”. Toda atividade bem sucedida deve ser precedida de discussão, avaliação e planejamento. Seja qual for: um emprego, uma missão, um empreendimento. Nenhuma pessoa que anda às cegas possui condições de ser bem sucedida. Cf. Lc 14:28-32.

Um professor me disse certa vez que se eu pretendesse abandonar alguma coisa em minha vida, mas não tivesse outra melhor para colocar no lugar, então seria preferível que eu continuasse com o que tinha, pois corria o risco de acabar colocando algo pior em seu lugar. É isso que normalmente acontece com quem não tem o devido cuidado em cada coisa que faz ou pretende fazer. Como se diz por aí, o mundo está cheio de boas intenções, mas nem tudo o que se pode fazer é um bom projeto para qualquer pessoa. Na rua, na escola, na igreja e em tantos outros lugares nós aprendemos coisas que nos parecem muito interessantes e que às vezes nos arrastam para verdadeiras aventuras mal sucedidas, simplesmente porque não fizemos uma análise de custo e benefício. Cf. Mt 12:43-45; 1 Co 3:10.

Querer nem sempre é poder. Existe a hora certa para fazermos cada coisa. A precipitação é péssima conselheira. Devemos cuidar de estarmos preparados para a tarefa que vamos desempenhar. Nenhuma atividade bem sucedida será feita de qualquer maneira, ou seja, sem o devido preparo prévio. Se não temos domínio de nossas ações e se em tudo dependemos dos outros, então somos alvos fáceis do fracasso e da derrota. A maioria dos erros cometidos é conseqüência de falta de preparo, falta de conhecimento e de domínio das leis de causa e efeito. Em Direito, uma pessoa é considerada culpada quando faz algo com negligência, imperícia ou imprudência. E essa é uma idéia aplicável em qualquer situação. Somente nós mesmos poderemos ser culpados dos nossos erros e fracassos, principalmente se fizemos as coisas de qualquer maneira. Cf. Mt 22:29; Jr 48:10; 2 Tm 2:15.

Diz o ditado: “o que é do homem o bicho não come”. Essa é uma verdade relativa, porque muitas vezes nem o bicho e nem o homem come, porque sequer chegamos a descobrir o que realmente era nosso. Devemos encontrar qual é a nossa praia. Ninguém veio ao mundo para ser qualquer coisa. Não há duvída de que temos uma missão. Todavia, devemos saber qual é a nossa verdadeira vocação, pois é nela que devemos envidar todos os nossos esforços. Perguntada sobre o seu projeto de vida, certa pessoa disse que seu desejo era ser um advogado. E quando se lhe perguntaram sobre o que ele estava fazendo para tornar o seu projeto de vida uma realidade, não teve palavras para responder. Muitos andam de um lado para outro, fracassando por querer imitar a atividade bem sucedida de outros, deixando de lado aquilo para o qual é realmente vocacionado. Cf. 1 Co 1:26; 7:20; 2 Pe 1:10.

Essas são algumas das razões que fundamentam os nossos sucessos ou fracassos. Por isso acredito que a melhor palavra então não seria aquela que nos orienta para fazer alguma coisa, no sentido de não ficar parado. Essa seria uma boa palavra. Mas a melhor orientação seria aquela que nos encaminha para o desenvolvimento de nossa própria vocação. Esse deve ser sempre o nosso alvo: a) descobrir para que viemos a este mundo; b) preparar-nos em conhecimento e meios para exercer a nossa missão; c) e, por fim, investir em nossa vida, de corpo e alma, para alcançar nossos objetivos. Então seremos como árvores plantadas junto a ribeiro de águas, que no devido tempo dá o seu fruto, e cuja folhagem não murcha. Então seremos bem sucedidos em tudo o que fizermos. Cf. Sl 1:3

[i] Izaias Resplandes de Sousa é membro da Igreja Neotestamentária de Poxoréu, MT.

2 comentários:

Luiz Roberto Lins Almeida disse...

belo texto professor, vontade, sim, mas senso de oportunidade, também.
abração

Prof. Izaias Resplandes disse...

Amigo Beto. Sua avaliação é muito significativa; é de alto valor. Essa é a idéia: conjugar desejo e responsabilidade. Sinto-me honrado por tê-lo comoleitor. Retribuo o abraço com o ardor dos mato-grossenses.